PIRANHA 3D
Celso Sabadin
Não confunda as piranhas. Tem o filme de 1978 dirigido por Joe Dante, sua continuação de 1981 com direção de James Cameron, algumas sequências, imitações, telefilmes e até um pioneiro de 1972 coproduzido entre EUA e, quem diria, Venezuela!
O que justificaria, então, mais uma Piranha no cinema? A resposta é simples: toda uma nova geração que não viu as primeiras versões na tela grande, e a isca (sem trocadilho) da nova moda da tecnologia 3D. Motivos suficientes para que os nada bobos irmãos Wenstein – os criadores da Miramax – resolvessem produzir mais um ataque de peixes assassinos.
Sintonizado com o modismo da luta ambiental, o novo roteiro começa mostrando uma simples garrafa de cerveja que acidentalmente vai parar no fundo de um lago. Caprichosamente, esse lixo acidental é o estopim para a abertura de uma fenda submersa que liberará milhares de piranhas num lago que, obviamente, está repleto de turistas para as férias. O resto é tudo aquilo que a gente já conhece: a boa e velha sucessão de clichês típicos do gênero, que certamente são esperados por todos aqueles que vão ao cinema ver um filme chamado Piranha.
Continuam valendo os cânones moralistas do terror adolescente, onde os personagens politicamente incorretos serão ferozmente devorados, e os politicamente corretos serão salvos... pelo menos até (quase) o final. Algo assim como uma feroz justiça divina travestida de piranha.
O problema é que o diretor francês Alexandre Aja (de Espelhos do Medo e Viagem Maldita), especializado em filmes violentos, não é muito afeito a sutilezas, além de não ter um senso de humor muito desenvolvido. A menos que a plateia ache divertido uma piranha arrotando um órgão sexual masculino, o filme é fraco num dos quesitos mais importantes para este tipo de produção: o humor. Por outro lado, sobram corpos esquartejados, erotismo à moda americana (ou seja, peitões nus) e momentos de gosto bastante duvidoso.
Alguns atores famosos em participações especiais acrescentam sabor à trama. Entre eles, Richard Dreyfuss (que entra na primeira cena para morrer logo em seguida), Christopher Lloyd (o doc Brown de De Volta para o Futuro) como um cientista que descobre que as piranhas são pré-históricas (uau!) e o polivalente Vingh Rames como policial. A xerife/heroína é Elisabeth Shue, de Despedida em Las Vegas, já fazendo papel de mãe, mas sem perder a beleza.
O que justificaria, então, mais uma Piranha no cinema? A resposta é simples: toda uma nova geração que não viu as primeiras versões na tela grande, e a isca (sem trocadilho) da nova moda da tecnologia 3D. Motivos suficientes para que os nada bobos irmãos Wenstein – os criadores da Miramax – resolvessem produzir mais um ataque de peixes assassinos.
Sintonizado com o modismo da luta ambiental, o novo roteiro começa mostrando uma simples garrafa de cerveja que acidentalmente vai parar no fundo de um lago. Caprichosamente, esse lixo acidental é o estopim para a abertura de uma fenda submersa que liberará milhares de piranhas num lago que, obviamente, está repleto de turistas para as férias. O resto é tudo aquilo que a gente já conhece: a boa e velha sucessão de clichês típicos do gênero, que certamente são esperados por todos aqueles que vão ao cinema ver um filme chamado Piranha.
Continuam valendo os cânones moralistas do terror adolescente, onde os personagens politicamente incorretos serão ferozmente devorados, e os politicamente corretos serão salvos... pelo menos até (quase) o final. Algo assim como uma feroz justiça divina travestida de piranha.
O problema é que o diretor francês Alexandre Aja (de Espelhos do Medo e Viagem Maldita), especializado em filmes violentos, não é muito afeito a sutilezas, além de não ter um senso de humor muito desenvolvido. A menos que a plateia ache divertido uma piranha arrotando um órgão sexual masculino, o filme é fraco num dos quesitos mais importantes para este tipo de produção: o humor. Por outro lado, sobram corpos esquartejados, erotismo à moda americana (ou seja, peitões nus) e momentos de gosto bastante duvidoso.
Alguns atores famosos em participações especiais acrescentam sabor à trama. Entre eles, Richard Dreyfuss (que entra na primeira cena para morrer logo em seguida), Christopher Lloyd (o doc Brown de De Volta para o Futuro) como um cientista que descobre que as piranhas são pré-históricas (uau!) e o polivalente Vingh Rames como policial. A xerife/heroína é Elisabeth Shue, de Despedida em Las Vegas, já fazendo papel de mãe, mas sem perder a beleza.