domingo, 11 de setembro de 2011


Dez anos depois de Amélie Poulin, Audrey Tautou estrela "Doce Mentira"


Se fosse necessário eleger apenas um motivo para assistir a "Uma Doce Mentira", de Pierre Salvadori, a escolha seria: Audrey Tautou, a graciosa atriz que nunca deixará de ser lembrada por seu papel em "O fabuloso destino de Amélie Poulain".

Tudo começa com a declaração de amor feita por Jean, uma espécie de faz-tudo do salão, que diariamente se encanta com Émilie, sua patroa. Mas, sem coragem de revelar sua paixão, decide lhe enviar uma carta anônima. Para sua infelicidade, Émilie joga a carta no lixo e despedaça seu coração.
Aqui, Audrey é Émilie Dandrieux, uma jovem cabeleireira que se mete em uma grande confusão por conta de uma troca de cartas anônimas amorosas envolvendo ela própria, sua mãe, Maddy (Nathalie Baye), e um funcionário, Jean (Sami Bouajila).
Só que essa folha de papel amassado, trabalhada durante muitas noites por Jean, será resgatada pela própria cabeleireira, copiada e enviada para sua mãe, que ainda não superou a separação do marido após ser trocada por uma jovem de vinte e poucos anos. A filha acredita que um enamorado misterioso poderá trazer a mãe de volta à vida.

TRAILER DO FILME ''UMA DOCE MENTIRA''

E realmente a estratégia funciona. Maddy, que desde a separação não sai de casa e não encontra energias para seguir adiante, transforma-se em outra mulher, ansiosa em saber quem é o homem que tocou seu coração. Mas o efeito do remédio é passageiro. Como não recebeu mais nenhuma carta do misterioso apaixonado, Maddy entra novamente em depressão.
Para continuar a farsa, Émilie decide escrever uma segunda carta. Mas, como não possui a inspiração poética de Jean, produz um texto banal. Maddy percebe que algo aconteceu com seu pretendente e julga que ele perdeu o interesse. Novamente entra em depressão, obrigando Émilie a pensar numa saída.
Se na física cada ação produz uma reação, as cartas anônimas fabricadas por Émilie provocarão uma avalanche de problemas, tanto para ela como para sua mãe e Jean, que acaba envolvido involuntariamente com uma mulher que nem sequer conhece.
Esse tipo de humor de desencontros, construído com uma sucessão de mentiras de pernas curtas, que estão sempre a um passo de serem desmascaradas, só funciona se o roteiro for trabalhado de forma inteligente, deixando o espectador tenso com o desdobramento das intrigas.
E o diretor Pierre Salvadori consegue manter até a última hora o clima insólito, graças em grande parte ao desempenho de seu trio de atores. E, no final, como restabelecer a verdade depois de tantas mentiras? Quem sabe outra mentira ajude.
FONTE:http://cinema.uol.com.br

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