quinta-feira, 29 de dezembro de 2011


Com novo Super-Homem como protagonista, "Imortais" carnavaliza a mitologia grega

  • Henry Cavill em cena do filme Imortais, de Tarsem Singh
    Henry Cavill em cena do filme "Imortais", de Tarsem Singh
SÃO PAULO (Reuters) - "Imortais", que estreia no país em cópias 2D e 3D, parece mais um desfile de escola de samba com o tema da mitologia grega do que propriamente um filme. Estão lá praticamente todos os elementos que fizeram de "300" (2007) um Carnaval em Esparta: fantasias espalhafatosas, centenas de figurantes em cenas de batalhas e um samba do grego doido como enredo - agora localizado em outra região da Grécia.

Não é preciso lembrar-se das aulas de história antiga para perceber que a trama é mais sem pé nem cabeça do que algumas estátuas gregas . Há um herói, Teseu (Henry Cavill, que no próximo ano será visto como o novo Super-Homem), uma sacerdotisa (Frieda Pinto, de "Você Vai Conhecer o Homem dos seus Sonhos"), um rei maligno (Mickey Rourke, de "Os Mercenários") e deuses irados (John Hurt e Luke Evans são duas versões do mesmo Zeus). Todos brigam - mas não pergunte a razão.Com direção do indiano Tarsem Singh ("A Cela"), todo o empenho de "Imortais" está no visual. Figurinos que não fariam feio na Sapucaí, corpos esculturais e filosofadas - muita filosofada em cima da mitologia grega - dão a medida do filme.
Eles se encontram em alguma ilha da Grécia antiga em algum período a.C. - quando era possível cultuar os mais diversos deuses, conforme a necessidade do momento. Fora isso, não há muito que faça sentido, ou que valha o esforço de concentração para entender "Imortais". O protagonista nutre uma afeição pela mãe que está mais para Édipo do que para Teseu - mas tudo bem, afinal, Atena também troca olhares lânguidos com o pai, Zeus, e não é nenhuma Electra.



Há também prisioneiros escravizados - o que inclui Stephen Dorff, que parecia ter se reencontrado em "Um Lugar Qualquer", mas derrapa novamente aqui - e uma série de atitudes misóginas, especialmente vindas do rei Hipérion, que quer-porque-quer conquistar o mundo (entenda-se apenas a Grécia e seus arredores). Para isso, liberará os Titãs, seres aprisionados e nervosinhos que lutam feito ninjas e foram treinados sabe-se lá por quem. Já o Minotauro parece qualquer coisa menos o ser mitológico que todos conhecemos. No fundo, a única coisa que "Imortais" pega da mitologia grega são os nomes dos personagens.
"Imortais" situa-se em algum lugar entre o remake de "Fúria de Titãs" e "Conan, o Bárbaro". É difícil dizer, no entanto, exatamente onde o filme se coloca, porque a distância que separa aquelas duas produções é muito pequena. Não espere cabeças gigantescas de estátuas falantes - não seria uma má ideia - nem um herói carismático. Teseu é chato e Hipérion é misógino ("A semente de um homem pode ser sua arma mais mortal", diz ele).
Contente-se em ver as sacerdotisas como mero objeto de desejo, fazendo caras e bocas ou banhadas em sangue - e isso não é bem um fetiche.

TRAILER DO FILME "IMORTAIS"

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011


Chimpanzé dos filmes de Tarzan morre aos 80 anos

  • Johnny Weissmuller, como Tarzan, Maureen O'Sullivan, como Jane, e Chita (Cheetah), o chimpanzé, em cena do filme Tarzan, O Homem Macaco, de 1932.
    Johnny Weissmuller, como Tarzan, Maureen O'Sullivan, como Jane, e Chita (Cheetah), o chimpanzé, em cena do filme "Tarzan, O Homem Macaco", de 1932.
Chita, o chimpanzé que protagonizou os filmes de "Tarzan" nas décadas de 30 e 40, morreu aos 80 anos, anunciou o santuário da Flórida no qual o animal viveu por mais de 50 anos.

"É com grande pesar que comunicamos a perda de um querido amigo e um membro da família em 24 de dezembro de 2011", afirma o site do Santuário Suncoast Primate de Palm Harbor, na Flórida.

Chita participou, entre outros, dos filmes "Tarzan , o Homem Macaco" (1932) e "Tarzan e sua Companheira" (1934), filmes clássicos que relatam as aventuras de um homem criado na selva, protagonizados por Johnny Weissmuller e Maureen O'Sullivan.

O chimpanzé, que chegou ao santuário em 1960, amava pintar com os dedos e assistir jogos de futebol americano. Ficava calmo ao ouvir músicas cristãs, afirmou ao jornal Tampa Tribune Debbie Cobb, diretor do Suncoast Primate.

"Ele sabia quando eu tinha um dia bom ou ruim. Sempre tentava fazer com que eu sorrisse se estivesse em um dia ruim. Era muito sintonizado com os sentimentos humanos", comentou Cobb.

Ron Priest, um voluntário que trabalha no santuário, afirmou que Chita se destacava porque conseguia parar com as costas erguidas, como um humano, além de ter outros talentos.

"Quando não gostava de alguém ou algo acontecia, pegava parte de seus excrementos e lançava. Podia arremessar a quase nove metros através das barras de sua jaula", recordou Priest.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011


Novo Peter Parker, Andrew Garfield diz que Homem-Aranha salvou sua vida

  • Andrew Garfield surge vestido como Homem-Aranha entre o público na Comic-Con (22/7/2011)
    Andrew Garfield surge vestido como Homem-Aranha entre o público na Comic-Con (22/7/2011)
Atração esperada da convenção de cultura pop Comic-Con, em San Diego, a apresentação de "O Espetacular Homem-Aranha" teve início com o novo Peter Parker, o ator britânico Andrew Garfield, vestido como o personagem e fingindo ser um fã, surpreendendo o público do evento.
"O Homem-Aranha salvou minha vida. Sempre fui fã do personagem e concordo que a popularidade dele tem a ver com o fato de ele parecer com nós todos", disse. "Me vestia de Homem-Aranha no Halloween, minha primeira fantasia do super-herói foi aos dois anos de idade", revelou.
O ator também contou que, após fechar contrato, passou os quatro meses que antecederam as gravações do novo filme do super-herói 'surtando'. "Durante muito tempo fiquei aceitando essa decisão de ter topado fazer o personagem, fiquei muito assustado."

TRAILER DO FILME ''O ESPETACULAR HOMEM-ARANHA''

Já Emma Stone, a Gwen Steacy do filme, contou que teve apenas três semanas entre acertar o papel e começar a gravar, período que passou lendo sobre Gwen, Homem-Aranha e universo Marvel. Ela também revelou que fez uma Gwen Steacy a seu modo, com sua interpretação da personagem.
Sobre o fato de ser 'a garota da vez' de Hollywood, a atriz disse que está tentando estar agora o mais presente possível. "Hoje estou na Comic-Con apresentando 'Homem-Aranha' e isso é o máximo". Revistas e sites de celebridades têm apontado Emma e Garfield, que terminou um namoro em maio, como um novo casal na vida real.
O diretor Marc Webb, também presente na Comic-Con, disse que o filme não é sombrio, e sim algo mais próximo da vida real, com 'bastante humor'. "Quis aproximar a trama daquilo que vivemos."
Nos trechos exibidos na Comic-Con, Parker é sacaneado na escola para depois se vingar, marca um encontro com Gwen Steacy e ganha finalmente os óculos que seus pais deixaram para ele. Outro trecho mostra o vilão do filme, Dr. Curt Connors (Rhys Ifans), transformando-se no monstro Lagarto.
"O Espetacular Homem-Aranha" estreia em julho de 2012 no Brasil.


segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Sai primeira foto de Bella como vampira em Amanhecer - Parte 2


Primeira foto oficial de Bella (Kristen Stewart) como vampira em A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 2 (Divulgação


Uma das grandes curiosidades do final da Saga Crepúsculo é o visual de Bella (Kristen Stewart) depois de virar vampira. Pois o livro oficial ilustrado de Amanhecer resolveu acabar com o mistério e liberou para os fãs uma foto da personagem transformada.

Em Amanhecer - Parte 2, a chegada da filha Edward (Robert Pattinson) e Bella, Renesmee (Mackenzie Foy) coloca em movimento uma perigosa cadeia de eventos que encurrala os Cullen e seus aliados contra os Volturi, o conselho de líderes vampiros, preparando o palco para uma batalha sangrenta.

A estreia está marcada para 16 de novembro de 2012.



Fonte:http://virgula.uol.com.br/

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011


Com Ben Stiller e Eddie Murphy, "Roubo nas Alturas" explora com humor a crise financeira

  • Cena de Roubo nas Alturas, de Brett Ratner
    Cena de "Roubo nas Alturas", de Brett Ratner
"Roubo nas Alturas", de Brett Ratner (de "A Hora do Rush"), não é uma comédia rasgada, como faz supor a presença de Ben Stilller e Eddie Murphy, na pele de uma dupla de ladrões que revivem o espírito de Robin Hood, roubando de um rico para redistribuir aos explorados.

Stiller é Josh Kovacs, gerente de um condomínio de luxo em Nova York, administrado com rigor militar para não importunar os moradores. Para zelar por clientela tão endinheirada e exigente, eles têm que trabalhar exaustivamente com a precisão de um relógio e, ao mesmo tempo, ser invisíveis. Não podem nem mesmo ter telefone celular.Com humor mais contido, Ratner prefere explorar a cuidadosa engenharia desenvolvida pela dupla para a aplicação do golpe, arrancando alguns sorrisos com as confusões que ameaçam a cada momento colocar tudo a perder.
Um dos moradores mais importantes é o megainvestidor Arthur Shaw (Alan Alda), com quem Josh disputa partidas de xadrez pelo computador. O equilíbrio no edifício Tower Heist é rompido com a surpreendente prisão do investidor por agentes do FBI. Seus negócios entraram em colapso e as autoridades acusam-no de fraude. Ele perdeu toda a fortuna da noite para o dia.
O que seria apenas um problema pessoal do empresário ganha uma dimensão maior quando Josh descobre que quase todos os funcionários, que confiavam no faro do investidor, entregaram-lhe suas economias para serem aplicadas no mercado financeiro. Todos perderam a poupança de uma vida.
A revanche de Josh começa a ser levada seriamente em consideração quando ele descobre pela policial que chefia a equipe do FBI (Tea Leoni) que Shaw pode ter escondido 20 milhões de dólares antes de ter praticado a fraude. É o bastante para que o gerente desconfie que o dinheiro esteja numa parede falsa do apartamento do investidor, que havia sido reformado pouco antes.
Josh convence outros funcionários a aderirem ao plano e monta um exército Brancaleone de ladrões totalmente inexperientes, mas que supostamente possuem alguma habilidade pessoal que poderá ser útil na hora H. A grande ajuda pode vir de um "especialista", o ladrão pé-de-chinelo Slide (Eddie Murphy), que repete as caretas que já exibiu em outras comédias, mas, mesmo assim, dá ao filme uma veia cômica mais dinâmica.
"Roubo nas Alturas" estreou em novembro nos Estados Unidos, no auge do movimento Ocuppy Wall Street, de protesto contra a crise econômica do país. A revolta pelo alto preço pago pela população por causa dos desmandos do setor financeiro tem no personagem de Alan Alda a personificação do mal que todos identificam. Por isso, a figura de um bom ladrão, nos moldes de Robin Hood, é festejada com tanto entusiasmo entre os funcionários do edifício Tower Heist.
(Luiz Vita, do Cineweb)
* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

TRAILER DE "ROUBO NAS ALTURAS"



quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Spielberg diz que "Tintim" tem melhor uso de 3D e "performance capture"


Quase dois meses após a estreia mundial e pronto para arrasar no Natal, o filme "As aventuras de Tintin" finalmente chega aos Estados Unidos, uma produção que, segundo afirmou Steven Spielberg à Agência Efe, oferece o melhor uso do 3D e a "performance capture" feita até o momento.

O "E.T." do "rei Midas" de Hollywood arrecadou mais de US$ 220 milhões e agora "As aventuras de Tintin" tenta conquistar todos os públicos desde o dia 21 pela digitalização de interpretações de atores reais, o mesmo sistema usado em "Avatar".



Exceto a proposta desenvolvida por James Cameron nesse filme, o de maior arrecadação na história do cinema, as produções filmadas com a técnica "performance capture" (captura de imagem por computador) não tiveram de bons resultados de bilheteria, como foi o caso do recente "Marte precisa de mães", produzido por Robert Zemeckis, amigo de Spielberg.

O diretor de filmes como "Tubarão" e "A Lista de Schindler" considerou que a "performance capture" é "a ferramenta perfeita" para transmitir os quadrinhos do belga Hergé com a ajuda dos atores Daniel Craig, Jamie Bell e Andy Serkis.

"É como se ele quisesse ver sua obra no cinema. Acho que é o melhor uso dessas tecnologias feito até agora. As pessoas entram totalmente na história", manifestou Spielberg.

Após a boa aceitação da crítica e os resultados de bilheteria do filme na Europa e em outros países, Spielberg terá de convencer o público americano, apesar da pouca popularidade no país da obra de Hergé, com o célebre repórter belga e seu inseparável cachorro Milu.

O diretor assume o desafio com gosto, poucos dias antes da estreia de outro filme seu, o drama "Cavalo de guerra".

"Minha carreira teve muitos desafios. Isso sempre acontece na hora de escolher o próximo projeto. Não posso afirmar que esse seja o maior risco que corri, mas sem dúvida "As aventuras de Tintin" é minha paixão desde 1981", admitiu.

Tudo começou com "Indiana Jones e os caçadores da arca perdida", o primeiro filme da saga de Indiana Jones. Após a estreia na França, Spielberg leu uma crítica na qual se surpreendeu pelas comparações de sua obra com as aventuras de "Tintin", um personagem do qual nunca tinha ouvido falar.

"Eu o descobri e ele me conquistou. Consegui falar com Hergé em 1983, poucas semanas antes de sua morte, sobre a possibilidade de fazer o filme. Depois, sua viúva me convidou para ir a seu estúdio para avaliar o projeto. Tudo aquilo foi maravilhoso", lembrou.

Anos depois, chega o resultado da conversa com Hergé na forma de um filme produzido pelo neozelandês Peter Jackson ("O Senhor dos anéis").

Spielberg afirmou que uma pressão recai sobre ele, algo que confessou não conseguir evitar independentemente do filme produzido.

"Sempre fico nervoso e ansioso a cada trabalho novo, independentemente do tamanho. É assim em cada reunião, por muitas razões", concluiu.



segunda-feira, 12 de dezembro de 2011


Elenco estrelado de "Noite de Ano Novo" tem Hilary Swank, Bon Jovi, Robert de Niro, Ashton Kutcher e Lea Michele

  • Ashton Kutcher e Lea Michele em cena de Noite de Ano Novo, de Garry Marshall
    Ashton Kutcher e Lea Michele em cena de "Noite de Ano Novo", de Garry Marshall
 "Noite de Ano Novo", do veterano Garry Marshall ("Idas e Vindas do Amor"), é mais um daqueles habituais filmes desta época do ano, ou seja, uma comédia dramática, com vários tipos de romance pelo caminho e um elenco recheado de astros - de longe, sua maior atração.

Jensen literalmente pisou na bola com a chef Laura (Katherine Heigl) - um ano antes, pediu-a em casamento e depois fugiu. Agora, eles se reencontram porque é ela a encarregada do bufê de uma superfesta a que ele também deve comparecer. E ela não está a fim de dar mole para ele, por mais que ele insista numa segunda chance.O cenário de uma série de histórias entrelaçadas é Nova York. Claire Morgan (Hilary Swank) é a responsável por um dos espetáculos mais tradicionais do Ano Novo, a descida da gigantesca bola na Times Square. Em torno disso, soma-se a responsabilidade pelo show de um popstar, Jensen (o bom e velho Bon Jovi), que está na cidade para resolver uma velha pendência amorosa.
Problemas mais pungentes atingem Stan (Robert de Niro), paciente terminal num hospital, que deve viver seu último réveillon. Ao seu lado, a enfermeira Aimee (Halle Berry) faz o que pode para suavizar seus últimos momentos - inclusive ajudá-lo a realizar um pequeno sonho.
Os amigos Paul (Zac Effron) e Randy (Ashton Kutcher) têm pontos de vista opostos sobre as festas de fim de ano - Paul adora, Randy detesta. Paul está trabalhando, Randy, de folga, mas os dois vão ter muita ação no seu caminho. Paul, por conta de ajudar uma mulher madura e amarga, Ingrid (Michelle Pfeiffer), a realizar uma lista de desejos, depois que finalmente criou coragem de largar o emprego. Randy, por ficar preso no elevador com a vizinha cantora, Elise (Lea Michelle).
Encontros marcados, adolescentes fujões, mães em crise, problemas técnicos com lâmpadas, muitos incidentes vão pavimentar o caminho de uma longa lista de personagens no roteiro de Katherine Fugate (também a mão por trás de "Idas e Vindas do Amor"). Nada original, nada brilhante, apenas com a modesta intenção de provocar alguns sorrisos e bons sentimentos na plateia.
(Neusa Barbosa, do Cineweb)
* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

TRAILER DE "NOITE DE ANO NOVO"


sábado, 10 de dezembro de 2011


Sem ligação direta com as histórias do ogro Shrek, "Gato de Botas" mostra as peripécias do felino fora da lei

  • Cena da animação Gato de Botas, dirigida por Chris Miller
    Cena da animação "Gato de Botas", dirigida por Chris Miller
A lembrança mais forte que muita gente tem de "Shrek 2" (2004) é do felino de olhos grandes e melancólicos fazendo cara de coitado e segurando seu chapéu todo encolhido quando queria convencer alguém. Ele, claro, é o Gato de Botas que, finalmente, ganha um filme só seu, que chega aos cinemas brasileiros nesta sexta-feira (9), em cópias dubladas e legendadas - ambos nas versões convencional e 3D.

O roteirista Tom Wheeler mistura tudo - gato, ovo, feijões mágicos, gansa dos ovos de ouro - e cria uma história um tanto estranha. O Gato (voz de Antonio Banderas, na versão original) é um fora da lei mexicano, cheio de charme e mais cheio ainda de si, criado num orfanato. Seu plano no momento é roubar os feijões mágicos de Jack (Billy Bob Thornton) e Jill (Amy Sedaris), subir ao castelo do gigante nas nuvens e roubar alguns ovos de ouro.O personagem criado pelo francês Charles Perrault, no século 17, ganha uma nova roupagem nessa história, que combina vários contos de fada com resultado um tanto desigual - favorecendo mais o protagonista, por razões óbvias, e transformando num chato quase insuportável o ovo Humpty Dumpty.
No meio do caminho, conhece Kitty Pata-Mansa (Salma Hayek), outra gata fora-da-lei com o mesmo objetivo, que acaba levando-o ao seu chefe, o misterioso ovo Humpty Dumpty (Zach Galifianakis). Entra um flashback - um tanto longo - sobre a infância do gato e do ovo que se conheceram no orfanato, onde se tornaram amigos e depois brigaram, tornando-se inimigos.
Humpty Dumpty é, a priori, um personagem dividido por conflitos internos, transitando entre o bem e o mal. Ele é amigo do Gato, ama-o como irmão, mas, ao mesmo tempo, é seu rival e o odeia por ter sido abandonado no passado. Seria um personagem interessante, mas, por seu desenvolvimento no roteiro, torna-se o chato de plantão.
O Gato, Kitty e seus amigos bichanos garantem uma boa dose de charme para o filme, cujo colorido vibra no 3D eficiente. A história da dupla felina segue linhas convencionais - rivais que se unem para um bem comum e acabam se apaixonando. O sotaque espanhol do personagem remete ao Zorro - mas isso é só um detalhe numa história em que um gato é irmão adotivo de um ovo e todos levam isso numa boa.
Dirigido por Chris Miller ("Shrek Terceiro"), "Gato de Botas" não tem nenhuma ligação direta com os filmes do ogro. O bichano ganha seu próprio filme, que se sustenta por si próprio. Não é tão bom quanto o primeiro "Shrek", mas também é melhor do que suas sequências.

TRAILER DE "GATO DE BOTAS"



sexta-feira, 9 de dezembro de 2011


Depois de terror adolescente, diretor filmará superprodução sobre Kat Schurmann, filha adotiva dos velejadores Vilfredo e Heloísa
  • Cena do filme Desaparecidos, de David Schurmann
    Cena do filme "Desaparecidos", de David Schurmann
Seis jovens são convidados para uma festa em Ilhabela, no litoral norte de São Paulo. O convite do evento é uma câmera, que deve ser usada todo o tempo e liga e desliga aleatoriamente. O grupo de amigos se embrenha no mato durante a festa e desaparece. Dias depois, as seis câmeras são encontradas.
Depois de dirigir documentários sobre sua família, como “O Mundo em Duas Voltas”, é para esta história de terror à la “A Bruxa de Blair” que o diretor David Schurmann se volta. Além do apelo documental de seu novo filme (classificado como um “mockumentary”, ou falso documentário), em “Desaparecidos”, que estreia nesta sexta-feira (9), Schurmann também quis explorar a convergência entre os mundos real e fictício, criando todo um universo virtual para os personagens do longa, que incluía mais de quinze perfis no Facebook, vídeos no YouTube e até sites de um jornal e de uma pousada fictícios.

Como Schurmann contou ao UOL em novembro, a ideia para esse projeto de  transmídia (convergência de diferentes meios de informação) surgiu a partir de discussões sobre o conceito das quais o diretor participou em Cannes, além do “tuitaço” do “Cala a Boca, Galvão”, ocorrido durante a Copa de 2010.

“O que eu queria provocar como diretor era questionar o que é real e o que não é, o que as pessoas acreditam da internet. E eu não imaginava que iria virar a bola de neve que virou. A única coisa que tínhamos que ter cuidado era para as pessoas não acreditarem que é 100% verdade, principalmente o desaparecimento dos personagens. Eu queria que elas se questionassem”, conta Schurmann.

“Desaparecidos” foi filmado durante 15 dias, em Ilhabela, com um orçamento de 55 mil reais e já foi comprado pela rede de TV a cabo TNT para veiculação em toda a América Latina. Além disso, Schurmann conta que há interesse de três produtoras norte-americanas em fazer um remake do filme, como tem se tornado comum com produções do gênero.

TRAILER DE "DESAPARECIDOS"

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011


Ralph Fiennes diz que quis fazer "Coriolanus" por ser uma peça sombria; confira entrevista

  • Gerard Butler e Ralph Fiennes em cena de Coriolanus
    Gerard Butler e Ralph Fiennes em cena de "Coriolanus"
Em entrevista ao jornal "The New York Times", o ator Ralph Fiennes falou sobre o que o levou a dirigir seu primeiro filme, "Coriolanus". Baseado em peça de Shakespeare, conta a história de um heroi que foi banido de Roma que se alia ao inimigo para se vingar da cidade.
"Muitos fatores me atraem. É uma peça conflituosa, provocadora em relação às questões que levanta política e socialmente. É bastante sombria, e isso me agrada", explica. Veja a entrevista:
"As pessoas me perguntam por que quis fazer uma coisa tão difícil e ambiciosa em meu primeiro filme. Tinha esse forte desejo de transformar esse drama confrontante e polêmico num filme. Não analisei a fundo o porquê. Gosto de seus confrontos, gosto do protagonista, gosto de não haver lirismo, nem zona de conforto, nem romantismo. Tudo isso me atraiu"
Além de Ralph Fiennes, o elenco do filme tem Gerard Butler e Brian Cox. O filme estreou em 2 de dezembro nos Estados Unidos e ainda não tem data de estreia no Brasil.